quarta-feira, 30 de junho de 2010

são tres da manhã e a responsabilidade vai chegando, chegando

eu tenho que escrever sobre arte grega e essas coisas todas e meu cérebro mal funciona
mas esse aperto no peito, essa poética me chama mais
porque talvez seja na solidão da madrugada que as pessoas sejam mais suas
não sei explicar, mas me pegou de jeito uma vontade de qualquer coisa

são aquelas coisas maiores que o mundo, ventos que nunca param de passar...

dá pra explicar? eu digo que não... só é assim e pronto

sábado, 26 de junho de 2010

Perdido

A inocência se foi...
essa ingenuidade boba que admirávamos tanto e que proclamávamos...
esfacelou-se. Assim e pronto. Desconstrução completa, mal restam os cacos.

Passa uma, duas, três... e as semanas não deixarão de passar, os dias que não anunciam nada, apenas o seu próprio ritmo frenético.

A cerveja perdeu seu gosto familiar e tornou-se amarga: tudo tornou-se amargo até mesmo o sorriso... Que sorriso?

A alegria que chega chorada
(quando dormir é um alívio)

A primeira grande decepção amorosa, o primeiro dia de adultas
Um pouco maiores, um pouco mais marcadas, a esperança já inexiste
Vamos decretar o ano novo:
e viva 2010 e meio!!!

sábado, 12 de junho de 2010

Passado bem passado

a distância sempre segura de uma fronteira
a terra que nos separa mas também os dias
me faz pensar numa pequena esperança de que talvez nos encontrassemos de novo

e fica o gosto bom de uma noite, e nada mais
e tudo tão hermeticamente perfeito e sujo
que talvez deva assim permanecer
que grite-se ao mundo: que eu fui desejada

e retorno dessa viagem um pouco mais mulher

menina

que me fez envolver-me inteira no meio dos cadeados do meu coração (e do dela também)
e se é difícil eu me levar, fui sem esperar a volta...
e de repente
incomunicável, quebra a minha rotina na sua, espera uma resposta que eu não sei dar
e eu me sinto pequena, mas tão pequinininha que mal caibo em minhas roupas
agora sou eu quem espero
mas não vem resposta não vem solução
e na noite eu procuro com medo de ser deixada
medo de ficar sozinha, mas meu maior medo é de tê-la abandonado

são coisas maiores que o mundo e de repente, parecem tão frágeis e únicas....
saudade de semana passada e dos nossos banquetes e sonhos apressados
e que esses sábados nos permitam qualquer coisa que se perdeu