segunda-feira, 8 de março de 2010

E éramos nós...

Nessa noite, já era tarde quando entrei pela porta de casa, saí da rua e respirei um ar cuja poeira era minha velha conhecida.

Todos dormiam.

As luzes apagadas tornavam aquela sala desconhecida, o sofá meio fora de lugar, meu pai como sempre deitado ali, no sofá, os olhos fechados e essa noite ele não poderia fazer nada para me ajudar.

Não significa, e nunca significará, que me abandonaram. Mas agora cada um sonhava sua noite e todos (por isso me senti um pouco mais sozinha) tinham aquele mesmo ritmo, a mesma temperatura do sono.

É esse o momento exato em que deixamos de pertencer a um lugar... o amor é o mesmo, o aconchego também, mas alguma coisa é diferente e as luzes já são de outra cor.

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