ela me persegue para todos lugares... no meu hosróscopo, nas presenças bem e mal vindas e sobretudo nos olhares... esses me vem como uma falta de ar, que sou obrigada a fisgar como se me fosse bem vindo.
às vezes, ao andar por aí sou de repente atordoada em uma loucura qualquer em qualquer qualquer coisa... e como um devaneio, penso em me atirar num canto, mas então dou um berro (ainda que baixo, alto o suficiente para ser um berro) e depois, respiro fundo, mas como um soluço e então percebo que estou sozinha
as vezes me sinto sozinho e é bom... andar sozinho comigo
ultimamente tenho sido perdida
e procuro
sei que não devo procurar
quando a gente procura, as coisas passam por nosso olhos
e é por isso que a gente tem que parar de procurar
mas aqui estou eu e ela vem me apertar de novo
essa tal emoção
que eu não sei de onde saiu
nem pra onde vai
sei só que dói muito
e a cada dia a dor se torna um pouco de lembrança
e o colorido e quente vai se tornando frio... mas frio e cinza
e até a comida agora tem sempre o mesmo gosto
o mesmo gosto
sempre
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