O dia tinha sido ruim. A cabeça girava e na boca o gosto amargo da frustração. Nem mesmo seu fiel colega - mais que amigo, quase um irmão - podia lhe consolar o fracasso. Nos últimos dias, um quê de irritação tinha lhe invadido as conversas, as frases, os trejeitos. Já não era mais a mesma coisa. É como se o mundo tivesse voltado a lhe atingir de sopetão, ignorando os muitos filtros que tinha para si nesses anos de durezas.
Bebeu dois copos da cerveja e teria ficado ali até amanhã. Aqueles sorrisos falsos, aquela menina estupidamente determinada e que era quase um quadro deformado de si mesmo.
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