quinta-feira, 17 de julho de 2014

Tinha inveja (boa, ruim?) da moça do carrinho.

Explico: na rotina atribulada da redação, do chicote do tempo e da competição estralando no lombo daqueles jornalistas, um carrinho passava de tempos em tempos com comida 'pré-fabricada', sem gosto demais ou de menos, mas suficiente para repor uma energia necessária.

Sempre empurrados por mulheres, esses carrinhos circulavam por toda a redação. Às vezes elas eram mais simpáticas, às vezes menos. De todo modo, nunca tinha muito tempo ou disposição de me lançar a qualquer conversa mais longa ou frutífera.

Só sorria, fazia um comentário de tiozão e passava no débito, enquanto bebia mais um café, comia um sanduíche sem sal ou um bolo sem açúcar.

(não é sempre, mas às vezes tenho uns arroubos de don juan, em que me sinto mais macho que muito homem desses dias de hoje. sim, acredito que as mulheres tenham uma beleza secreta. acho que eu mesma a tenho, mas ainda não encontrei)

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